quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Como Previsto

Bem diferente do Congresso Nacional, onde é possível classificar as bancadas ideologicamente, a Assembléia Legislativa de Rondônia encerrou a eleição da Mesa Diretora dividida entre aliados e oposição ao governo de Confúcio Moura (PMDB). Embora não tenha sido nenhuma surpresa a eleição do deputado Valter Araújo (PTB) para presidir o Poder Legislativo no biênio 2011/2013, a votação acabou revelando, como componentes adicionais, atos de pura vingança e traição, gestos que se repetem tradicionalmente a cada eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa. A chapa vencedora quis deixar claro que a eleição de Valter Araújo (PTB) não foi uma vitória sobre o adversário, Jesualdo Pires, mas sim sobre o governador Confúcio Moura, que assistiu apenas 45 minutos da sessão inicial de posse e se retirou, segundo a justificativa do cerimonial, porque estaria com embarque agendado para Brasília "onde iria carrear recursos para construir a nova Rondônia".

Uma das grandes surpresas foi o comportamento da bancada petista, cujo partido detém três órgãos importantes do setor rural do Estado (Seagri, Emater e Agência Idaron). Por fazer parte do governo de coalisão com o PMDB, esperava-se que seus parlamentares votassem na chapa encabeçada pelo deputado Jesualdo Pires (PSB), aliado do Palácio Presidente Vargas. Da bancada de três parlamentares, dois votaram no candidato Valter Araújo, tido como líder da oposição ao governo.

O deputados do PT, Hermínio Coelho e Epifânia Barbosa, não só votaram com a oposição, como integram a chapa vencedora. Hermínio é o primeiro vice-presidente e a deputada assegurou a primeira-secretaria.
Indicada apelo PT na composição do governo Confúcio para a Secretaria da Educação, Epifânia tinha esperança de ser aceita para o cargo. Preterida, aguardou o momento certo para a vingança. Outro que tornou público o descontentamento com o governo e que avisou que se vingaria foi o deputado Euclides Maciel (PSDB). O parlamentar queria acomodar pessoas de sua base eleitoral em cargos chaves em Ji-Paraná. Como não foi atendido, vingou-se votando contra o candidato governista.
(fonte TudoRondonia).

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